Me pego pensando no que eu quero. No que eu gostaria que acontecesse daqui pra frente. Se essa pergunta fosse há uns meses atrás, talvez a resposta estivesse na ponta da língua: Quero felicidade!
Mas na verdade eu quero mais. Eu quero mais empolgação, mais vontade, mais paixão! Quero mandar, mas ser contrariada. Quero estar certa, mas que me provem que eu posso estar errada. Não quero sentir, mas quero que me façam sentir. Quero a paz da monotonia, mas quero o frenesi. Quero tudo arrumado, mas quero alguém que me bagunce. Agora eu quero oito e oitenta, os dois extremos.
Essa vida é tão curta e tudo o que eu espero agora é ser surpreendida. Quero tropeçar em um abraço, escorregar em um amontoado de sorriso, acalentar tudo de bom que tem no mundo.
Esperar o mínimo sempre foi a especialidade da casa, mas agora o prato do dia mudou, agora eu quero o máximo de tudo!
Quantos olhares ficaram perdidos por causa de um simples "é claro que ele não vai olhar", quantos sorrisos ficaram pra trás por não ver o lado bom das coisas, quantas pessoas foram afastadas... Quantas coisas simples foram perdidas.
Porque a essência da felicidade não está em chegar ao topo, e sim em todo o caminho percorrido. Está em todas as pessoas e situações que você cruzou, em todas as lições. Em tudo o que você viveu e que direta ou indiretamente contribui pra pessoa que você é hoje.
A felicidade está em uma mensagem de texto de “bom dia meu bem”, em um "vamos sair?”. A felicidade é composta por pequenos fragmentos, detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Coisas que podem parecer pequenas para alguns, mas que são a dose certa para outros.
A vida é passageira e a felicidade plena talvez seja utopia, mas o que nos impede de ser feliz um pouquinho de cada vez?